Cinco anos já se passaram desde o grande terremoto do leste do Japão e do desastre nuclear de Fukushima, quando um total estimado de 200.000 pessoas foram retiradas de suas casas em uma zona de 3-20 km. Aproximadamente 100. 000 ainda estão vivendo como desalojados. Namie é uma cidade pequena a 9km da área principal. Toda a sua população foi evacuada em março de 2011 e a ordem para que se permaneça assim ainda está para ser suspensa na maioria de suas áreas, tendo as entradas controladas. A cidade continua se preparando para a sua reconstrução e retorno dos cidadãos, mas a cada ano, mais e mais moradores estão desistindo de voltar para casa. Essas fotos impressionantes documentam o que estas pessoas perderam.
Carlos Ayesta e Guillaume Bression são dois fotógrafos franceses que vêm documentando as zonas evacuadas e os residentes de Namie.
Em 2014, eles lançaram a série intitulada “Retrace Our Steps” ("Refazendo Nossos Passos"), um projeto feito em colaboração com os residentes de Namie, que agora não têm permissão de voltar para casa.
Facebook/FushimaNogozone
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Na cidade, que agora já virou cidade fantasma, os moradores voltam aos lugares que antes conheciam bem: suas casas, escolas, lojas, locais de trabalho e locais onde antes iam para se divertir.
O resultado é de tirar o fôlego!
"A ideia por trás destas fotografias era combinar o banal e corriqueiro com o surreal", explicaram os fotógrafos.
O resultado das fotos realmente capta a quietude e fortes sentimentos como confusão, resignação e medo do futuro incerto.
O que era uma visão comum cinco anos atrás pode nunca mais fará parte destes lugares. A imagens mostram quão rápido o nosso mundo pode desabar.
Tudo isto realmente nos faz pensar sobre o verdadeiro significado de "lar".
Os trabalhos de Carlos Ayesta e Guillaume Bression têm recebido atenção mundo afora. A fotos serão exibidas por toda a Europa e compartilhadas pela mídia.
Para os japoneses esta é uma boa maneira de lidar com o trauma e enfrentar abertamente este desastre nacional.
E é uma chance para os residentes finalmente se despedirem de suas antigas vidas e se recuperarem do luto.
Os bastidores do vídeo inclui entrevistas com os moradores que fizeram parte do projeto.
Enquanto a memória do terremoto está se apagando para o resto do mundo, aqui, pessoas estão sofrendo com as consequências, que estão longe de serem "normais". As imagens impressionantes mostram claramente quão carregado emocionalmente um lugar pode ser, e quão formidavelmente os fantasmas do passado podem continuar vivos em nós.
Fonte: Não Acredito!
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